PARA BEBÊ

Oi amor!

Li num site desses dos milhões que tenho lido nesses últimos meses que você é do tamanho de um grão de arroz!!! Sabe que ainda não caiu a ficha de que você ta aqui dentro? As vzs a minha vida fica tão normal... fico querendo que aconteçam mil coisas pra provar que vc ta aqui no meu sangue, no meu útero, na minha vida.
Eu não tenho sentido grandes enjôos, que é o principal sintoma de quem descobre que tá grávida. Eu sinto um enjoozinho bobo, como quem viajou num navio em alto mar. Nada comparado ao que a gente vê nas novelas que o povo sai correndo da mesa do café pra vomitar. Nada disso.
Não sei se vc é menino ou menina, as vezes fico bincando comigo mesma que sinto quem é que tá aqui, mas na verdade não sei se é só o subconsiente manifestando uma certa preferência.
Mas que fique claro, e aqui entra o grande clichê de todas as grávidas: “o que importa é que venha com saúde!”. É mais transparente e sincera das verdades. Essa manhã fiquei feliz, porque ao colocar o cinto de segurança no ônibus pensei primeiro em você do que em mim. É fiquei feliz com esse sentimento! Já virei “mãe”.
Sabe bebê, aqui fora tem tanta gente que já te ama, que ama sua mãe que as vezes até eu me sufoco. É, sua mãe é meio estranha e não sabe lidar muito bem com muitas manifestações de amor. Não sei bem te explicar.
Mas você amor, você endoidar com tanta gente pra te paparicar, pra te encher de segurança, carinho e amor.
Não vejo a hora de te ver, e ouvir seu coraçãozinho, mas quando quis fazer a ultra, que é o exame que vê numa telinha o útero da mamãe por dentro, a médica disse que era cedo, e agora, eu só consegui marcar pro dia 05/10... o dia que vai demorar uma eternidade pra chegar. Todos os dias eu marco mentalmente que falta menos um dia, igual aqueles presidiários marcando no calendário o dia de sair da cadeia... eu preciso ver você, sabe? Sei que só vou ver um borrão e não vou entender nada, mas preciso te ver.
Fica aí quietinho crescendo direitinho que te prometo que vou ajeitar tudo aqui pra quando você tiver pronto não sentir falta de nada.